
Dar más notícias
Porquê um tema desta natureza neste congresso do PIN com a Fundação Champalimaud?
Os profissionais que trabalham com Perturbações do Espectro do Autismo ou outras perturbações são frequentemente confrontados com os momentos de dar um diagnóstico ou de apresentar resultados de um exame ou de testes de avaliação. É expectável que a sua qualidade e rigor profissionais também estejam presentes nesses momentos de comunicação aos pais. É naturalmente difícil para quem dá más notícias e para quem as recebe. São momentos em que os pais fazem perguntas para as quais muitas vezes não querem ouvir determinadas respostas. E os momentos que se seguem são frequentemente de grande intensidade, muitas vezes de perda, de recusa, até à aceitação ou à superação (cada família no seu percurso único). Cada notícia que é recebida, relativamente a uma perturbação do desenvolvimento, pode condicionar sentimentos e decisões que afetam o trajeto da criança e de toda a sua família. Que verdades devem ou têm que ser ditas? Que impacto têm as más notícias? Que peso tem a forma como são dadas e que consequentes decisões daí resultam, como por exemplo a adesão ou desistência de um plano de intervenção? Dizer, por exemplo, que a criança tem 30% de hipóteses de falar, é ou não a mesma coisa que dizer que ela tem 70% de probabilidade de não falar? Haverá nesta comunicação uma proposta de reflexão nestas e noutras questões, no sentido de encontrar respostas que contribuam para um melhor desempenho de quem trabalha diariamente com as famílias.
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