Lemos e escrevemos…

Toda a equipa focada no Congresso do PIN no Porto, só podiamos começar a semana assim…Saiba mais sobre a comunicação que a Drª Jaqueline Carmona e Dr Vitor Cruz.

 

A capacidade de lermos e escrevermos “o que quisermos” abre-nos as portas a todo um mundo novo. Emerson escreveu que “devoramos muitas páginas para retermos apenas algumas preciosas frases de ouro, ainda assim, ficamos ansiosos por começar a ler um livro novo”.

Iniciamos a aprendizagem da leitura e escrita e a sua mestria vai condicionar toda a relação que uma criança vai ter o resto da vida com a escola, e também daquelas vai depender esse mesmo futuro… Trata-se de uma avaliação complexa e que, como tal, necessita de ser tocada a pelo menos quatro mãos para identificar subtipos de Dislexia e planear a intervenção mais adequada.

Sendo a Dislexia uma Dificuldade de Aprendizagem Específica, ela é implica uma avaliação abrangente que deve proporcionar uma compreensão clara das competências da criança em áreas tais como a linguagem oral, competências fonológicas, descodificação, fluência da leitura, compreensão da leitura. Capacidades de articulação, competências de discriminação auditiva e dificuldades motoras orais também podem ser uma parte da bateria de testes.

Para além do atrás referido, a avaliação dos processos cognitivos, como a atenção, a organização percetiva, a formação de conceitos, a memória e a resolução de problemas é de fundamental importância. Mais ainda, é necessário avaliar as funções sensoriais para diminuir quaisquer dúvidas relativas ao disgnóstico de Dislexia. No entanto, o processo de avaliação só ficará completo quando se perceber o funcionamento sócio-emocional da criança.

Assim, a resposta à questão “Quem deve avaliar uma criança com possível dislexia?”, passa pela necessidade de considerar um trabalho de equipa, na qual deverão estar envolvidos técnicos de diferentes áreas, como particular relevo para a terapia da fala e a psicologia.