Luto no Congresso do Porto!
Desgosto, tristeza e saudade
Richard Erskine perguntava “o que querem dizer antes de dizer adeus?”.
Só é possível pensar o luto dentro da vida. Pensar sobre o que se sente, na perda ou eminência de perda, dentro das relações e do futuro não vivido.
O processo de luto não acaba (talvez nem comece!) num ritual, nas lágrimas de algumas semanas ou no ter de dizer adeus. É um processo complexo e longo, por exigir tanto de cada um na busca permanente do seu reequilíbrio. É tão intenso e complexo quantas as dimensões da experiência: biológico, emocional, cognitivo, comportamental e espiritual.
O luto vive-se na continuidade do vínculo. Porque será então que a perda nos assusta tanto? Porque alimentamos mitos e olhamos de soslaio a morte, como se fosse um tesouro de piratas malvados?
Urge saber falar de luto(s), para saber pensar a vida. Para saber pensar o impacto dos acontecimentos de vida.
É tempo de descobrir o que intervenção no luto nos traz de tão completo e inovador, de a tornar cada vez mais como área de estudo e especificidade terapêutica.