O Núcleo de Perturbações do Espectro do Autismo e Défices Cognitivos do PIN foca-se no apoio às crianças, jovens e adultos com PEA, bem como às suas famílias, escolas ou locais de trabalho, de modo a promover respostas aos vários desafios que este quadro clínico pode desencadear.
As Perturbações do Espectro do Autismo (PEA) são perturbações do neurodesenvolvimento que apresentam dificuldades ao nível da interação social e da comunicação verbal e não verbal. Apresentam ainda padrões de comportamentos e interesses repetitivos, estereotipados e restritivos. A manifestação destas características e dificuldades, bem como o nível de desenvolvimento intelectual e da linguagem pode apresentar uma grande variabilidade e pode levar a quadros clínicos com discrepâncias muito significativas. Tendo em conta esta variabilidade, o Autismo é definido como um Espectro, sendo por isso essencial aprofundar o conhecimento sobre cada caso.
As PEA podem afetar o modo como a criança, jovem ou adulto percecionam o mundo à sua volta, a forma como reagem a determinadas situações e como comunicam e se relacionam com os outros, podendo desencadear um impacto negativo na sua vida pessoal, familiar, escolar ou profissional. Enquanto alguns casos apresentam claramente sinais em idades muito precoces, outros evidenciam sintomas mais subtis e que só são mais impactantes na idade jovem ou adulta.
Com uma equipa de especialistas de diferentes áreas profissionais (medicina, psicologia, educação especial, psicomotricidade, terapia da fala e terapia ocupacional), o Núcleo de Perturbações do Espectro do Autismo tem uma ação transdisciplinar e abrangente, desde o diagnóstico e intervenção terapêutica, à investigação e formação de profissionais na área das PEA e perturbações relacionadas.
O processo de avaliação decorre através da aplicação de instrumentos formais de diagnóstico como o ADI-R (Autism Diagnostic Interview Revised) ou o ADOS (Autism Diagnostic Observation Schedule), bem como de instrumentos de avaliação do desenvolvimento (ex: Griffiths III) ou cognitivos (ex: WISC; WAIS) e outros questionários ou entrevistas, de forma adequada à idade e necessidades de quem nos procura. Em crianças e jovens, a família e a escola são intervenientes de grande importância no processo de avaliação, contribuindo para o conhecimento do impacto nos contextos de vida. Estes processos de avaliação pretendem não só obter um diagnóstico, mas também permitir um levantamento de áreas fortes e de maior fragilidade, que poderão apontar linhas orientadoras para a intervenção. O relatório de avaliação pretende assim ser um instrumento de caracterização da criança, jovem ou adulto e do seu quadro clínico, definindo recomendações e estratégias para os contextos de vida e para os profissionais envolvidos no processo.
Em termos de intervenção, o Núcleo de Perturbações do Espectro do Autismo e Défices Cognitivos oferece programas específicos, que incluem técnicas cientificamente comprovadas, delineados de acordo com as necessidades individuais de cada utente, a sua família e contexto escolar, comunitário ou social.
O Núcleo dedica-se também a articular com os profissionais que dão resposta a quadros que surgem frequentemente associados às PEA, tais como Perturbações do Sono, da Eliminação, Ansiedade, Dificuldades Específicas de Aprendizagem, Espectro Obsessivo-Compulsivo, Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção ou Dificuldades Intelectuais e Desenvolvimentais.
Na procura das melhores respostas de avaliação e intervenção, o Núcleo envolve-se também em projetos de formação e investigação. Para qualquer esclarecimento relativamente à avaliação e/ou intervenção terapêutica nas perturbações a que se dedica o Núcleo, contacte-nos através do email: carla.almeida@pin.com.pt
Entre os vários programas de intervenção destacamos: